Um assunto que está sempre em pauta nas discussões entre os brasileiros é a questão da corrupção como um mal sistêmico do país. É unânime a opinião de que são todos contra a corrupção, no entanto, o que poucas pessoas param para pensar é que a questão da corrupção não está restrita à classe política. Até mesmo nas pequenas empresas, em nichos menores, há ainda pessoas que insistem nessa prática, igualando-se àqueles que tanto repudiam em seu discurso.

A prática do “caixa 2” é mais comum do que se imagina, porém, a sonegação fiscal não esbarra somente na questão da imoralidade, ela é também um impedimento àqueles que sonham em ser grandes um dia. Qualquer empreendedor que deseja crescer e expandir seus negócios precisa ter uma visão a longo prazo a respeito do seu modelo de negócio, e, justamente por isso, iniciar de forma correta com planejamento tributário já é o primeiro passo para um crescimento futuro consolidado.

A prática de caixa 2 impede a empresa de enxergar claramente quais são os rumos e passos futuros que precisa dar para se expandir, isso porque, não permite que se tenha um cenário real e clara das movimentações da empresa. Dessa forma, qualquer imprevisto que possa ocorrer pode desestabilizar todo o financeiro da empresa, uma vez que ela conta com lucros e custos instáveis e que podem ser flagrados a qualquer momento. Esta prática expõe e prejudica não só a empresa, mas também os empresários e colaboradores, colocando em risco reputações e carreiras que, muitas vezes, demoraram muito para se consolidar.

A notícia boa nesse cenário é que algumas empresas, inclusive, não negociam com outras que realizam procedimentos não contabilizados, e essa é uma das melhores maneiras de acabar com esse tipo de atitude: boicotando negócios que agem de forma ilícita. Com o sistema de recolhimento fiscal cada vez mais aprimorado e sofisticado, a malha fina em busca dos sonegadores fiscais tem ficado cada vez mais apertada. Existem diversas obrigações acessórias para coibir o caixa 2 nas empresas, que também ajudam a diminuir a infração. Geralmente, as empresas que ainda se arriscam nesse tipo de ilegalidade estão mal assessoradas ou não contam com nenhum tipo de profissional para a orientação correta. Nenhuma empresa contábil que pretenda ser reconhecida pela sua seriedade irá incentivar esse tipo de comportamento para os seus clientes.

O correto planejamento tributário com a emissão legal das notas fiscais permite aos gestores e empresários manterem o registro de todas as operações existentes na empresa. Esses dados são importantes para o planejamento futuro da empresa, uma vez que sistema contábil se capacita para fazer a provisão dos tributos incidentes sobre a operação, o setor financeiro pode organizar melhor a previsão de recebimentos e o departamento de estoque ou de suprimentos poder dar a baixa das mercadorias retiradas para venda ou para produção. A engrenagem empresarial funciona de forma mais eficaz e com sistema de gestão baseado em números reais.

Um país que pretende crescer e coibir a corrupção precisa fazer o seu dever de casa de dentro para fora. Podemos lembrar da famosa frase de Millôr Fernandes “Uma característica curiosa do corrupto se observa em restaurantes: o corrupto está sempre nas outras mesas”. Retirando-se a ironia da frase, pode-se afirmar que a moralidade não é algo exterior a nós e que deve ser combatida em terceiros, mas ela é algo que precisa começar a fazer parte das pequenas atitudes de cada um dos brasileiros. A corrupção não é restrita à classe política, precisamos entender definitivamente que, se consideramos a corrupção uma questão cultural brasileira, precisamos começar por nós mesmos.



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